Quando crianças, alguns de nós devem lembrar,
estudamos como confirmar uma operação matemática pela ‘prova dos nove’. Isso
acontecia antes da popularização das máquinas de calcular, sendo uma maneira de
testar se os cálculos com números inteiros não continham erros.
Nessa ‘prova’ ao somarmos ou multiplicarmos os
números, cada vez que o resultado superar o nove, retira-se este. Se o valor
der nove, ao diminuirmos o mesmo teremos Zero. Esse é o famoso “noves fora,
nada”.
Oswald de Andrade, no ‘Manifesto Antropofágico’,
desdiz: “não é o zero a Prova dos 9. A alegria é que é”.
Isso é como um koan da prova que não prova; da
alegria que é o zero e que é um, dois.... nove.
Aqui uma pausa.
Existe a matemática das escolas, ortodoxa e chata,
porque a ensinam assim.
E existe a matemática criativa que a tudo engloba.
A "Matemática Criativa" possibilita a
relação entre a Matemática e outras áreas do conhecimento. Isso vai muito além
de transformar o ensino em algo lúdico e atraente.
O uso da Imaginação Criativa nos transporta a
outros mundos e conhecimentos ao possibilitar o saber orgânico. Sair da
ortodoxia do aprendizado e ver o mundo de uma maneira holística. O 'já sabia,
mas não sabia que sabia" está aí.
Como disse o professor Pedro Carvalho, (licenciado pela
Universidade de Évora e pós-graduado pela Universidade Lusíada - Porto):
“As “6
dimensões” são como 6 quadros, explorados individualmente, mas que se podem
fundir, confrontar, completar, questionar, e por fim se apresentam ao público
em forma de um objeto, um pensamento a partilhar.”
E aí
chegamos no dia 9 de Setembro de 2016.
O dia 999 (dia nove do mês nove em um ano
nove).
Muitos falaram, acertadamente em sua maioria, sobre
o assunto. Ohana Nery, por exemplo, explicitou em uma frase chave:
“Na perspectiva global, o dia triplo 9
representa uma mudança coletiva para a nova consciência.”
Mas surgem outras questões.
Por que isso?
O que o zero tem a ver com o nove?
É o zero um nada?
De que Nada estamos a falar?
Começando
pela soma óbvia 9 + 9 + 9, ‘noves fora’ = 0
Na matemática criativa a 'prova dos nove' nos
mostra que o 9 é o fim e o princípio de todas as coisas.
Vejam! Aqui 'princípio' não significa o mesmo que
'início'. O início é o UM, mas o Princípio é o ZERO.
O ZERO, na Arithmologia, é o símbolo máximo do Ovo
Cósmico, o Vazio, o Nada, Fonte de toda a Real Espiritualidade. Um Zero entre
os arithmos de uma pessoa denota os dotes interiores, a “bagagem” armazenada,
pronta para usar, de todos os arithmos que se manifestarão de alguma maneira.
“Os nove
números de um único dígito, tem cada um seus atributos específicos e fáceis de
reconhecer. O 0 (zero), no entanto, não tem atributos, não há traços de
caráter, qualquer descrição. É uma página em branco, mas com um porém. O zero é
o camaleão, o grande potenciador, o multiplicador e a porta de entrada para o
infinito e a imortalidade.” Hans Decoz
"O
zero é na verdade o desafio do significado do número 9.
A
interpretação numerológica do número 9 é conter todos os ingredientes de
caráter dos números 1 a 8. O zero, quando acrescido a um número
(20, 30,
40 etc), eleva a interpretação do número de um algarismo ao aperfeiçoamento de
seu significado." Ellin Dodge
Como eu mesma já disse outras vezes.
O período que estamos vivenciando, de acordo
com o Calendário Gregoriano (que vale para o mundo todo, pois foi adotado como
calendário ‘comercial’ mesmo pelos países que usam outra contagem) está extremamente
vinculado à Espiritualidade desde 2000.
Infelizmente outros fatores fazem com que
este vínculo seja muito deturpado pelas pessoas, dando ensejo a que ‘espertos’,
equivocados, sem preparo, iludidos, carentes, etc, desenvolvam seitas e crenças
que mais prejudicam que ajudam o processo de mudança.
“Um
estado de insatisfação e de conflito ronda a existência humana.
Esse
estado não mudará até que percebam que a necessidade interna, planetária e
humana, se transformou. O que a vida material oferece não atende mais à demanda
da humanidade. Ainda que a maioria não perceba ou não assuma, já foi tocada
pela energia espiritual em vigor. E, enquanto a inércia dos corpos densos
preponderar sobre esse novo estado interior haverá conflito nos seres e
consequentemente em toda a face da Terra. Entretanto, o impossível inexiste
para a Realidade. O que parece distante e inatingível aproxima-se quando o
homem empreende a marcha em direção ao Ser, que desperta na consciência um amor
que não pune, mas eleva; que não é complacente, mas indica o que deve ser
superado.”