Lendo várias previsões para escolher o que publicar me deparei com o texto de Tata Luis, da Missão Umbandista "A CENTELHA DIVINA".
A análise feita por eles atraiu minha atenção e fui
lendo mais e mais. Por fim, a lógica prevaleceu e aí está: Os Orixás regentes
de 2018.
XANGÔ, NANÃ E EXU |
>> Tata começa explicando a metodologia aplicada (sem
entrar em detalhes), que é bom reproduzir.
“Para identificar o
Orixá regente, cada um utiliza sua própria metodologia: uns determinam pelo dia da semana em que o ano
começa; outros, pelo astro regente; há os que fazem jogo de búzios, os que
consultam os seus Guias e, ainda, aqueles que utilizam outros oráculos e seus
métodos próprios. Devido à grande variedade de métodos, é possível haver
diferenças de opiniões sobre quem vai reger.
Pois bem, como
sempre explicamos, nós da CENTELHA nos guiamos, dentre outros fatores, pela
observação do elemento regente do ano – água,
fogo, terra ou ar (nesta sequência) -, sendo que anos bissextos, como 2016,
são anos regidos sempre pelo elemento ÁGUA, devendo ser comandado, portanto,
por Orixás que tenham ligação com este elemento (2016 foi regido por Oxalá e
Iemanjá).”
>> Li algumas previsões passadas e as análises de cada
ano e se mostraram corretas. E, levando em conta que 2018 é o Ano do Cão Marrom
da Terra de acordo com o calendário Chinês, chamou minha atenção a
sincronicidade do elemento regente.
O texto é longo e, como foi escrito em julho de
2017, resolvi ‘enxugar’ um pouco. No final coloquei o link para o texto
original.
Nas palavras de Tata:
Pelo
que tenho observado, muitas vezes nosso método coincide com os resultados
apontados por outros métodos, (...). Mas essa coincidência nem sempre ocorre.
Em 2015, por exemplo, não concordamos com a maioria que indicava Ogum, assim
como em 2017 não compactuamos com a ideia de que o ano seria regido por Oxóssi
e Oxum, como a maioria acreditava. E explicamos MUITO BEM o porquê de não
compactuarmos disso no texto “O ORIXÁ REGENTE DE 2017”
Além
disso, com o passar dos meses, acompanhamos as circunstâncias nacionais e mundiais
e fomos demonstrando que, pelos fatos ocorridos, ficava cada vez mais evidente
que o ano, realmente, não estaria sendo regido por Oxóssi e Oxum, Orixás de
fartura e amor, como muitos divulgaram no final de 2016, mas sim por Xapanã
(Omolu / Obaluaiê), Orixá que propõe a desconstrução, a economia e a
dificuldade como forma de regeneração. Acho que vale muito a
pena dar uma lida no texto que fizemos ao fim do primeiro trimestre desse ano
com as nossas primeiras análises, e que pode ser acessado clicando AQUI, e no texto que publicamos no
fim do primeiro semestre, e que pode ser lido clicando AQUI.
Segundo nossa metodologia e informações
obtidas, 2018 será regido por NANÃ e XANGÔ,
e ainda com participação de EXU correndo durante todo o ano, para dar dinamismo
a um ano que desponta como princípio de lenta reconstrução.
No ano passado, nós informamos que a
regência de 2017 seria atípica, porque esse seria um ano regido pelo elemento
FOGO, e Xapanã rege mais em TERRA, e pouco no fogo. Já 2018 será um ano de TERRA,
e é por isso que entra NANÃ, recebendo das mãos de seu filho os sistemas em
plena desconstrução, para que a TERRA (Nanã) comece a trazer o renascimento,
mas com maior retidão, já que também há a presença de XANGÔ nessa regência.
>> Tenho que concordar com o que disse Tata quando ele
diz que “2017 não foi um ano de fartura e amor como a maioria
afirmou”. Foi um ano “de grandes dificuldades, desemprego e insegurança” já que
as vibrações de Xapanã sugerem atenção, economia de gastos e desconstrução de
sistemas estabelecidos para que haja a possibilidade de renovação.
“Alertamos para a crise política e para os sofrimentos que seriam
gerados pelos problemas financeiros, profissionais e até de saúde que poderiam
surgir durante o ano. E não nos enganamos, infelizmente! (...) Informamos
também, que a partir do segundo semestre de 2017 poderia começar a haver sinais
de melhora, com a entrada de Ewá - Orixá da inspiração e da criatividade -
auxiliando a Xapanã na regência do ano.”
>> O lado
positivo de toda essa desconstrução é que “no dinamismo da vida NÃO HÁ como
haver estagnação” e quando algo é desconstruído outra coisa tem que ser
construída para substituir.
O ELEMENTO TERRA
2018 será um ano regido pelo elemento
TERRA e por Nanã. O normal é que o elemento regente tenha a tendência de ficar
bastante em evidência nos noticiários.
Para se ter uma ideia, em 2013, ano de
fogo, começamos o ano com a triste notícia do terrível incêndio na Boate Kiss.
Em 2017, também ano de fogo, acompanhamos o excesso de incêndios mundo afora,
principalmente da Europa. Já em 2010, ano de TERRA e última vez que Nanã regeu,
logo no réveillon fomos surpreendidos pela avalanche de lama que destruiu
alguns balneários em Angra dos Reis. Em janeiro do mesmo ano, um terremoto de 7
graus de magnitude colocou abaixo Porto Príncipe, capital do Haiti, o país mais
pobre das Américas. Mais de 200 mil pessoas morreram – entre eles, a
missionária brasileira Zilda Arns. No mês seguinte, outro grande abalo sísmico:
em Santiago, no Chile – seguido por outro, em abril, no Tibete, que arrasou o
país. Enfim, em 2018 é possível que o elemento TERRA esteja também em maior
instabilidade e evidência, ocupando com maior frequência as manchetes dos
jornais.
Uma outra característica do elemento
TERRA é a morosidade. Em anos com essa regência, as coisas caminham mais
devagar, com mais “pé no chão”, sem o desespero e a agitação do ano de fogo que
terminou. É como se as pessoas e as organizações procurassem “tatear” mais o
espaço a sua frente para não cometerem os mesmos erros dos anos anteriores. Ano
de Terra é, portanto, ano de maior segurança e propício a novos
empreendimentos, porém com cautela e sem querer alcançar o que está além dos
limites. É também um bom ano para começar a investir e a construir, lançando
bases para o crescimento que só deve mesmo acontecer a partir de 2019, que será
ano de AR e, portanto, de expansão, grandes ideias e criatividade.
No setor agrícola, o elemento TERRA
estimula boas safras e produções, podendo ter impactos positivos para o
consumidor em relação ao preço de legumes, frutas e verduras ao longo do ano,
estimulando o consumo e favorecendo o crescimento do PIB agrícola do Brasil, o
que não seria nada mal, para um país com tanta dificuldade quanto as que vimos
atravessando.
Se, em 2017 houve grande ebulição
política e econômica no cenário mundial (causada pelo elemento fogo), em 2018 é
possível que haja maiores esforços pela concretização de entendimentos, e que,
líderes mundiais que pregam sectarismos e conflitos (“filhos do fogo”) possam
ser substituídos por outros mais “pé no chão”, que “vão mais devagar”, “sem
tanta sede ao pote” e conscientes da necessidade de unidade no planeta. É
possível, também que, além de novos acordos de paz, surja a oportunidade de
retomar as discussões sobre o clima e sobre os tratados que velam pela ecologia
e pela saúde da Terra.
No cenário nacional, o elemento TERRA
estimula a criação de bases mais sólidas para a política e economia, com mais
consciência e menos conflitos como os ocorridos em 2017, regido pelo fogo.
Sendo um ano de eleições, é possível que seja favorecido aquele candidato que
realmente apresentar projetos mais consistentes e sólidos.
NANÃ, XANGÔ E EXU
Essa é uma combinação atípica, como
atípica também foi a combinação de regentes de 2017. (...)
Mas, dadas as
circunstâncias e necessidades planetárias, talvez a presença de Xangô em 2018
seja mais do que justificada, já que é o grande legislador e justiceiro, e
estamos todos precisando que a justiça seja feita, de fato, em vários aspectos
da sociedade.
Aliás, a última vez que Xangô regeu foi
em 2014 – também ano de TERRA. Naquele ano, ele veio como regente principal, e
nós sentimos isso com o volume de sujeira política que começou a aparecer. Foi
em 2014 que foi iniciada, despretensiosamente, toda a operação “Lava-Jato”, que
perdura até hoje, tendo colocado a descoberto falcatruas que jamais
imaginávamos existir até então. A regência de Xangô em 2018 poderá dar novo gás
e novos rumos às investigações, podendo, por exemplo, acarretar a reformulação
de leis e a renovação dos personagens envolvidos na operação.
Se 2017 foi um ano de profundas
desconstruções, 2018 – com a regência da sábia Nanã – tem tudo para ser o ano
do começo da reconstrução. Nanã é a própria terra que dá vida e que regenera
para fazer renascer. É possível, então, que tudo o que foi consumido pelo FOGO
desconstrutor de Xapanã em 2017 comece a dar sinais de renascimento.
Nanã proporciona o renascimento, mas
ela é lenta, é criteriosa e gosta das coisas no seu devido lugar. Por isso,
essa reconstrução não será tão rápida quanto gostaríamos e, até o segundo
semestre observaremos nos campos político, econômico e profissional o
crescimento vagaroso, mas constante, com “dois passos para frente e um para
trás”. Teremos a impressão de que as coisas estarão lentas demais ou não
estarão melhorando, mas tudo estará acontecendo no tempo de Nanã. E podemos
dizer que as mudanças serão mais perceptíveis somente a partir do segundo
semestre, pela presença de Xangô e Exu que, por serem quentes, ainda poderão
promover conflitos na primeira metade do ano.
Tendo a Velha Senhora na regência,
podemos ter certeza de que as coisas caminharão menos por impulso e mais por
análise e reflexão, pois ela é a Orixá da sabedoria, e saberá muito bem o que
estará fazendo! Por isso, é recomendado a todos que queiram progredir que façam
o mesmo: que aproveitem o ano para o aperfeiçoamento de seus conhecimentos.
Lembra aquele curso que você estava adiando? Será o momento ideal para começar!
Estará à frente o mais capacitado, o que tiver investido em seu aprimoramento
profissional, em cursos e em especializações, pois oportunidades começarão a
surgir em um mercado ainda extremamente competitivo, herança dos milhões de
desempregos gerados nos últimos anos.
Se Nanã é lenta, o outro regente do ano – Xangô – também não é
muito veloz. Apesar de ser quente como o fogo, Xangô é meticuloso como a
própria justiça e às vezes, por isso, pode também ser lento. Mas, para o que
ele decidir não haverá recurso! Sua participação em 2018 será decisiva para que
todo o cenário de reestruturação programado para ter início aconteça de forma
correta, com as pessoas certas nas posições devidas. Xangô vem forçando que a
justiça seja feita e que os errados sejam punidos. Com seu “Oxê” – o machado de
duas lâminas – ele está pronto para, mais uma vez, começar a separar o joio do
trigo. Com sua atuação, também traz solidez a tudo o que for corretamente
projetado, mas recomenda menos ganância e mais “pé no chão”!
Se fosse só isso, já teríamos em 2018 um
ano propício à renovação e à reconstrução, o que, por si só, já é uma boa
notícia, mas que perde entusiasmo quando lembramos que tanto Nanã quanto Xangô
guiarão o ano com segurança e pé no chão, mas também com certa dose de
lentidão.
Por isso, como “a boa notícia do ano”,
aparece a figura enigmática de Exu
permeando essa regência, do início ao fim. Ele estará atuando pelos bastidores durante todo o ano, de forma que, a qualquer momento, nós poderemos
testemunhar situações que pareciam estar caminhando de uma determinada forma
mudarem repentinamente o seu curso.
Exu aparecerá esporadicamente, e será
percebido como um “coringa” guardado na manga dos dois Orixás regentes, sendo
usado em momentos inusitados. Isso tenderá a dar mais movimento e dinamismo a
esse ano, já que, para Exu, não há nada que seja impossível! “Ele transforma
erro em acerto e acerto em erro!”
Por isso, não se surpreenda se em 2018
aparecerem oportunidades inesperadas, soluções não previstas ou, também, que
coisas dadas como certas, de um momento para outro, deixem de existir. Será Exu
atuando; e, por isso, é bom que você procure estar bem com ele e procurando
agir de forma correta para que não haja surpresas negativas, ainda mais que ele
estará agindo em um ano regido por Xangô, que exige correção e justiça nos atos
praticados.
Encerro, portanto, esse texto com uma
mensagem de esperança e conforto, destinada a todos que estão passando por momentos
delicados! Tenham um pouquinho mais de paciência... (...) para quem ainda não
tiver encontrado seu caminho, haverá novas oportunidades de semear e colher! Nanã estará lá para pegar no colo, Xangô irá concretizar novas
possibilidades, e Exu... ah, Exu...
Esse será nosso amigo de todas as horas, aquele que quando tudo acontecer, lhe
falará: “Eu não disse que ia dar tudo certo?”
Texto de Tata
Luis, 2017. Originalmente publicado em A
Centelha Divina
Adaptação: Lília Palmeira